quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Bendita tu luz

Mana - Bendita tu luz

Em asas de estrela e olhos de sol

Vejo estrelas na janela
A altura parece ser pequena
A vontade de voar é muita

Livre-me essa noite
Da loucura que corrói
Minha mente confusa

No chão meu coração
Ainda palpita
Anseia pelo sol

Forte os sentimentos
Cruéis parecem respirar
Impiedosos como garras

Afiadas cortam a pele
Dilaceram a liberdade
Prende ao chão

Asas quebradas
A paz em outras terras
Vivo essa dor perpétua

Tento espalhar o bem
Tento viver a claridade
Mas a luz me ofusca

Lua torne-se sol
Estrela transforme-se
Asas de estrela e olhos de sol

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Lágrimas ao sol

Narciso Yepes - Concierto de Aranjuez (2)

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Lágrimas ao sol

Astro maior
Que irradia seus raios
Quentes sobre os que
Querem ser melhores

Todos reunidos em pavor
Pelo perdido amor
Que em pensar
Nunca irão encontrar

Palavra ingrata
Trás tristeza
Em pranto masoquista
Chorando em coro
Perdido amor ingrato

Triste me sinto só
Em meio a essa multidão
Que se diz amiga
Que não compreende meu pranto
Que não vê minha dor

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Morte ao sentimento

Tento ouvir tua voz
Mas está sumindo
A decepção é forte
Está chegando ao fundo
O poço parece sem fim
A alegria não é mais tua
A fé parece ser única
Em uma breve morte

A luz murmura em teus ouvidos
Abra o coração, grite ao vento
Com fé no mundo ingrato
Liberte-se em uma chance única
Lute por uma morte
Morte aconchegante e fiel
Com a única certeza do fim justo
E o começo de uma nova luz

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Haja o Que Houver

Todo Sempre


Coração transbordando
Nesse transbordar de cachoeira
As flores são lindas nesse azul

Lábios sabor morango,
Unhas vermelhas
Sapatos altos

É um começo do todo sempre

Nado por todo esse exagero
Nadando contra a corrente
Cansada de transbordar e jogar

Lábios pálidos
Unhas ruídas
Saltos quebrados

É o fim do todo sempre

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Desejo de Tempestade

Você toca nessa grade farpada
Onde ela está solitária, triste
Presa em uma vida de escuridão

Vida de prisão por estar perdida
Dentro de si mesma, sofre calada
A escuridão está em sua mente
E a solidão no chão que pisa

Tu não viverás mais nesse chão
Pois tu és o presente que viverá
Eternamente no desejo do passado

A prisão novamente a prende
Nesses laços eternos de escuridão
Chora por estar ficando louca
Com o desejo de ser livre

Deseja a tempestade
Que cai suave em sua face
Sedenta de desespero

Perdida nessa penumbra fria
Seu coração está morrendo
Sangrando fiel em desespero
Cai pelo desejo de tempestade

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Eu e tu em um só

Se não existisse essa imensidão de mar
Meus passos seriam certos para ti
Se não houvesse essa imensidão de ti
Meus passos não existiriam
Se não existisse tamanho ar em mim
Não haveria esperanças em existir
Se não houvesse tamanha força
Estarias tu aqui ou eu aí

Se existisse imenso sentimento
Meus passos seriam guiados por ti
Se houvesse essa imensidão de mim
Meus trôpegos passos correriam por ti
Se existisse tamanho ar de ti em mim
Haveria esperanças para existir
Se houvesse tamanha sorte
Estaria eu e tu em um só

Pequena

Um som de piano paira no ar, os pensamentos estão borbulhando na minha mente, só penso em como poder resolver os mistérios desse mundo desconhecido. Mas começando essa historia assim é complicado. Então vamos voltar 1000 anos, onde a natureza ainda era pura e as criaturas vagavam pela floresta sem serem descobertas.
Essa é a história de uma pequena. Pequena menina inocente que gostava de vagar pelas florestas, voando com suas asas transparentes. Ninguém podia vê-la, essa era a vantagem de seu invisível.
Tudo que pensava era em poder voar. Velocidade, a maior emoção sentida em um coraçãozinho jovem e palpitante. Voava pelos campos de grama verdes como seus olhos, árvores gigantescas e vento sul, com velocidade tamanha que mal sentia o cheiro exuberante das flores.
Parecia estar feliz até que um pequeno incomodo pairou em sua mente, porque tamanha velocidade? Perguntava-se. A velocidade atraia tanto que não via a vida passar.
Em um dia de sol, sua corrida parecia ser a mais rápida e maravilhosa de todas, o sentimento de liberdade lhe faltou e subitamente a pequena parou.
Como um raio que passa e desaparece ela com a sensação de incompletude se perguntou:
__Por quê?
___Este mundo é tão perfeito, as flores exalam um perfume delicioso, as árvores são as mais belas. Tudo parece se completar, porém estou tão só. Qual o meu papel nessa moldura perfeita?
Com essas indagações a pequena avistou uma linda cachoeira e pela 1° vez pode admirá-la, lentamente foi se aproximando e com as mãos finas e brancas levou água fresca aos lábios que pareciam nunca ter tocado liquido tão gélido.
Seus pensamentos foram longe, nesse momento a única velocidade eram os questionamentos que a afligiam. Pobre pequena.

___Vou me sentar na sombra agradável dessa árvore, mas que lindas flores que caem sobre meu rosto, que vento bom, mas por quê?
...